Uma noviça Com crises existenciais Grita contida s inquietações Repleta de desejos e vícios carnais Não nega Tampouco oculta às sensações Anda aturdida Pelos corredores do mosteiro Esfregando em todas as pontas que encontra Tem calafrios e cio Igual a um cavalo inteiro Não respeita os limites da cerca, Por uma monta Sua boca Suculenta e carnuda é um delírio Quando sussurra absurdos não catalogados Ela geme sentada no braço da poltrona, De arrepio Tem espasmos curtos E gozos prolongados Ela não sabe ao certo A direção do poente À s vezes chora arrependida, Noutras é sarcástica, Traz entre as pernas um vulcão ardente Às vezes meiga, noutras dramática Não sabe nada de fé ou religiosidade O mosteiro É vontade de seus pais, Fé perdeu inda criança Junto com a virgindade Molestada que foi por entes bestiais Viveu o inferno, Nunca quis saber de santidade ...
Porque a vida é fugaz,fiz-me palavras doces em cachoeiras,esparramando e umidecendo olhares,despertando sonhares,fazendo voar num súbito bater de asas e pouso de passarinhos.