Pular para o conteúdo principal

"VIA SACRA"




Cultuar o simples,
reverenciar o comum,
olhar no pequeno a grandeza do horizonte.

Molhar o rosto nos mananciais,
que fazem a fonte,
que levam sonhos e a alma lavada.

Purificar o tempo,
santificar as horas,
idolatrar os momentos que sopra o vento.

Gostar da noite,
mesmo que oculte o lua,
esconda as estrelas,ver beleza na escuridão.

Abraçar o dia na esperança das cores,
olhar o verde mesclado dos campos,
os pássaros,borboletas,as flores.

Retirar deste olhar toda euforia,
essencial alegria de viver,
colher pelo caminho poesia.

Tão necessária quanto a rotina,
via de mão unica,sem placa,
via sacra!

Sacrificado destino,
que forçou a criança,,interpelou o moço,
que se fez homem,depois menino.


Com olhos de ontem!


                                                                                                                             Reginaldo

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

  A Fé é uma planta frágil Que se rega com gotículas De esperança. É acreditar no impossível, No imponderável, É andar na contramão da lógica, Da realidade É crer no invisível, na uniciência No divinal.   Ter fé é cultivar a ingenuidade De uma criança, A fragilidade de uma mariposa Entorno da luz. É entender possível Quando tudo Se mostra ao contrário.   Ter fé É pegar no rosário e pedir Como quem esfrega Uma lãmpada mágica. É não aceitar. É a negação de si Nas entrelinhas da sua Propria incapacidade.   É acreditar numa utopia Na poesia do inédito No remédio amargo No apelo ao vento Ter fé é orar em silêncio Durante um temporal...   Ansear desvios, Piquetes e atalhos Na estrada da vida. É a dureza do chão A excassez do pão É o calo das mãos   Ter fé é não ter explicação É se nortear pelo intímo Se entregar a uma filosofia É sacrifício de vida Alienação, Aliança E A...

"Travessia"

Sobre limo e musgo, das pedras do caminho se prende as fendas... Escondido do sol, na umidade do orvalho, sobre as folhas mortas... Agora é todo sub-mundo, baixo,rasteiro, és sobra de sombras! És resquício de escuridão, que não amanheceu, aquele sono mal dormido! Aquele grito tolido de apelo,impedido de soar, sob o silêncio dos olhos... O choro seco de fome, o romper da calmaria, o barulho,o trovão e céu cinzento... És aquele pássaro sem canto, sem voo,sem asas, sem encanto! Sendo assim, és tu e mais nada aquele brilho opaco. Aquela lagrima de chuva que escorre pelo frio da pedra, pelo veio,pelo friso. Pelo crivo da luz e das trevas, onde o corpo deixa escapar o pouco da alma... De novo rescende o cheiro de madeira velha molhada. A Hipocrisia banha do esquife repouso final, depois da ultima chuvada! Uma pedra sob o terra é todo feudo que lhe resta de memoria, a parte que lhe cabe neste latifúndio! Jose Regi Poesia
"O Semeador" Eis que abriu,ABRIL, com ele esperança nos dias que virão em novos desafios. ABRIL-se outra etapa no tempo tomara não como o vento que sopra e leva pra longe sonhos e argumentos. ABRIL ,portas e janelas deixando o sol entrar clareando as idéias permitindo sonhar meus versos são simples não tem palavras bonitas a beleza esta contida talvez com pouco de frio. mais vai aquecer pois o dia esta claro o sol brilha no alto e o tempo ABRIL. ABRIL e não vai fechar sem renovar a esperança sem que vençamos o rancor de semeaduras sem exito no canteiro do tempo vamos começar de novo semear com ardor para colher somente no jardim da vida AMOR. afinal o tempo de semear...ABRIL. Reginaldo