Perdido no tempo,
meio sem chão,
pensamentos negros
transcendem a luz da lógica.
Não tem força,
a depressão abraça com gana,
impõe seus desejos.
Pinta um quadro sem cor,
um Monet desfigurado.
Um jardim em preto e branco
como a foto do porta retrato.
Os dias são noites longas,
a noite eterno abismo,
o destino com sarcasmo
ironiza teu sorriso.
O choro é alma em fuga,
deste corpo em desalinho,
tudo é frio e deserto,
cactos,areias e espinhos.
Por não achar a saída,
encasulado e semente,
se planta no primeiro buraco,
que tem a frente.
Finda os pesadelos
encostou na contra mão,
mergulhou com os seus medos
em busca da redenção.
Reginaldo
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