Pular para o conteúdo principal

"AFRESCOS INACABADOS"


A raiva de outrora,
não raiou com a dia,
a ira ,não irá comigo
a lugar algum.

Estou leve de qualquer 
sentimento negro,
flutuo tal qual a libélula,
em pousos suaves 
de reconhecimento,
em qualquer cacto espinhento.

Denota em mim,
transparência ao 
voar em silencio,
o tempo que me empurra,
é impulso pro horizonte,
é a ponte que me liga 
ao templo dos Salmos.

Tenho comigo a semente,
o pólen da flor,
tenho água nos olhos,
pra regar os canteiros,
tenho comigo a essência,
o dia nas mãos,o chão,
a vontade de ver o amanha,
o desejo do abraço quente,
de ser gente como os afrescos
de Michelangelo.

Queria morar na capela sistina,
só tocar o dedo de Deus.
Criar assim um elo definitivo,
afável para com todo sentir,
abraçar o amanha que chega
com ânsia e fervor,
viver a cada instante,o inefável.

O dia nada mais é 
que uma tela em branco,
pincelamos como queremos,
rabiscos de como vivemos,
rascunho sem correção,
esboço de busca Vã
se não tiver"Amor!"

Somos nós o artista!




Reginaldo

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

  A Fé é uma planta frágil Que se rega com gotículas De esperança. É acreditar no impossível, No imponderável, É andar na contramão da lógica, Da realidade É crer no invisível, na uniciência No divinal.   Ter fé é cultivar a ingenuidade De uma criança, A fragilidade de uma mariposa Entorno da luz. É entender possível Quando tudo Se mostra ao contrário.   Ter fé É pegar no rosário e pedir Como quem esfrega Uma lãmpada mágica. É não aceitar. É a negação de si Nas entrelinhas da sua Propria incapacidade.   É acreditar numa utopia Na poesia do inédito No remédio amargo No apelo ao vento Ter fé é orar em silêncio Durante um temporal...   Ansear desvios, Piquetes e atalhos Na estrada da vida. É a dureza do chão A excassez do pão É o calo das mãos   Ter fé é não ter explicação É se nortear pelo intímo Se entregar a uma filosofia É sacrifício de vida Alienação, Aliança E A...

"Travessia"

Sobre limo e musgo, das pedras do caminho se prende as fendas... Escondido do sol, na umidade do orvalho, sobre as folhas mortas... Agora é todo sub-mundo, baixo,rasteiro, és sobra de sombras! És resquício de escuridão, que não amanheceu, aquele sono mal dormido! Aquele grito tolido de apelo,impedido de soar, sob o silêncio dos olhos... O choro seco de fome, o romper da calmaria, o barulho,o trovão e céu cinzento... És aquele pássaro sem canto, sem voo,sem asas, sem encanto! Sendo assim, és tu e mais nada aquele brilho opaco. Aquela lagrima de chuva que escorre pelo frio da pedra, pelo veio,pelo friso. Pelo crivo da luz e das trevas, onde o corpo deixa escapar o pouco da alma... De novo rescende o cheiro de madeira velha molhada. A Hipocrisia banha do esquife repouso final, depois da ultima chuvada! Uma pedra sob o terra é todo feudo que lhe resta de memoria, a parte que lhe cabe neste latifúndio! Jose Regi Poesia
"O Semeador" Eis que abriu,ABRIL, com ele esperança nos dias que virão em novos desafios. ABRIL-se outra etapa no tempo tomara não como o vento que sopra e leva pra longe sonhos e argumentos. ABRIL ,portas e janelas deixando o sol entrar clareando as idéias permitindo sonhar meus versos são simples não tem palavras bonitas a beleza esta contida talvez com pouco de frio. mais vai aquecer pois o dia esta claro o sol brilha no alto e o tempo ABRIL. ABRIL e não vai fechar sem renovar a esperança sem que vençamos o rancor de semeaduras sem exito no canteiro do tempo vamos começar de novo semear com ardor para colher somente no jardim da vida AMOR. afinal o tempo de semear...ABRIL. Reginaldo