Pescador de mar bravio,
de tormentas e demônios,
arranca da rede o peixe
acalenta outros sonhos.
Sob a sombra das Juçaras,
água de coco e saudade,
vida dura e solitária,
tão horizontal quanto a jangada
que desliza imensidão a dentro.
Os olhos que choram o mar
o rosto surrado de maresia,
molhado de suor,semi nu,
sem um naco de proteção.
Pernas longas e compridas,
pés rachados e descalços,
rastros firmes e marcados
na areia do litoral.
O caiçara não reclama
vive a dor desta agonia
traz da luta inspiração
faz da lida poesia.
Aqui longe de tudo
no silencio do mar alto
ouve o canto da sereia
paz ,refugio e arauto.
Só quer que o dia termine
só quer pisar na areia
só quer pegar o seu cesto
trilhar de volta pra casa.
Abraçar a simplicidade,
beijar com paixão amada,
acarinhar os bacuris,
onde encontra felicidade.
Pois os olhos que choram o mar,
também consegue sorrir depois da labuta
e não refuta o direito que tem
de amar.
Reginaldo
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