A noite dissolvendo claridade,
me empurra para o sonho,
para o sono tardio.
Arredio,
mergulho na cama
como se fosse explorar o oceano.
Na retina só escuridão,
associada a sua falta,
o que farta é saudade sua.
Começo a trilhar um inefável roteiro,
um caminho sem volta,sem curvas,
no rumo do improvável.
Sigo por recordações,
por vãos pueris,
tenho a impressão que já estive ali.
Revejo o campo de terra,
a bola de meia,o balanço na velha figueira,
que ainda ostenta um coração desenhado no tronco.
Onde ainda tem resquício do seu perfume,
o gosto do beijo roubado,do riso inocente,
em meio as folhas secas no chão.
Sento e encosto no tronco sob a sombra,
recolho o que sobrou de nós dois
e acomodo junto ao peito.
Paro ,respiro e suspiro,
bocejo e fecho os olhos com a saudade latente,
adormeço com o que não esqueço.
E sem querer ...Amanheço!
Reginaldo
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