Quando meus olhos revelam a primavera
a frieza do olhar invernado,
percebe-se morno e úmido,
orvalhando a seara de minhas sendas.
Sou só um broto,contemplando o sol,
depois de um outono ventoso e seco.
Depois daquelas ventanias, despertou a alma
com a calma dos mananciais.
Silenciosamente exubera as cores,
espalha-se nos campos o viço,
após a longa hibernação.
Agora desvelada neste renascer,
no alvorecer desta estação.
Traz a certeza da finitude,
em momentos de eternidade
na coerente inconstância do tempo.
Porque tudo é fugacidade,
nesta viagem a qual chamamos
de vida.
Reginaldo
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