Cultuar o simples, reverenciar o comum, olhar no pequeno a grandeza do horizonte. Molhar o rosto nos mananciais, que fazem a fonte, que levam sonhos e a alma lavada. Purificar o tempo, santificar as horas, idolatrar os momentos que sopra o vento. Gostar da noite, mesmo que oculte o lua, esconda as estrelas,ver beleza na escuridão. Abraçar o dia na esperança das cores, olhar o verde mesclado dos campos, os pássaros,borboletas,as flores. Retirar deste olhar toda euforia, essencial alegria de viver, colher pelo caminho poesia. Tão necessária quanto a rotina, via de mão unica,sem placa, via sacra! Sacrificado destino, que forçou a criança,,interpelou o moço, que se fez homem,depois menino. Com olhos de ontem! ...
Porque a vida é fugaz,fiz-me palavras doces em cachoeiras,esparramando e umidecendo olhares,despertando sonhares,fazendo voar num súbito bater de asas e pouso de passarinhos.