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"O JARDINEIRO!



Sonda-me o som das sombras,
um agudo assobio,
uivado de vento,
trazendo o lamento pra perto do fim.

Incólume ali no jardim,
viça vermelha a rosa,que pulsa vida,
beleza e desarmoniza
com o som sombrio da noite.

Que quer ocultar seu brilho,
abafar seu perfume,
levar o viço pra escuridão.

Em vão...

Nas escalas deste acorde
o som final é silencioso
quase mudo.

Enquanto a rosa brilha
efêmera,num desatino de sorte,
sabe que o fim não chega
com o canto desafinado da morte!

Reginaldo

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