Deslizei por tua consciência,
dependurei em teus coqueiros,
pra beber lagrimas de cocô
e vislumbrar a tua foz!
Passei frente ao reconhecimento,
invisível penumbra do amanhecer,
sem odor no ar
nem gosto em tua boca!
Fui descendo tuas trilhas,
tateando o teu mapa,
eu bandeirante primeiro,
a desbravar tuas matas.
Sem desvios e picadas
no limite da intuição
desbravador solitário
cheguei na base das colinas gêmeas!
Terrenos acidentados
buracos e seixos
compõem tuas veredas
e anunciam teu oásis.
Uma área verde de grama macia,
com frescor e sombras aconchegantes
uma fenda entre deserto,
um convite a tentação!
Nômade andarilho,
sem parada segui viagem
até chegar aos teus pés
e descifrar teus enigmas.
No fim desta noturna jornada,
refeito de consciência,
acordei de um sonho
ao lado segredos e mistérios.
Toda esta loucura insólita,
foi agrado do destino,
este passeio insano
era um corpo feminino.
Reginaldo
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