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"REFLEXÃO TORTA DE UM CAMINHAR RETILÍNEO"


Tenho trilhado por onde nunca antes,
não sei onde isso vai me levar,
nem se quero ir,
levado sou ,levado vou!


Ando rouco de falar sozinho,
os pés feridos de espinho,
tem roseira sem cheiro,
sem cor o caminho.

Busco no ofuscado interior,
alguma razão pra isso tudo,
alguma clareza.

Uma verdade enganadora,
ou uma mentira absoluta,
alguma sombra onde eu possa relaxar.

Amores vem e vão,
vão ,
lacunas na alma,
buracos em branco na história.

Não escrevi esta comedia,
este andar sozinho não tem graça,
este drama não termina.

Esta vida fútil,igual todo dia,
repetição do ontem amanha,
onde todos vê rotina,
esconde escancarada covardia.

Mudar o imutável,
romper as conjecturas,
fragmentar o código
e decifrar este vazio.

Este é meu paradigma,
amar com toda minha forma,
e seguir andando,ou amargar
minha fraqueza.

Tenho razões pra crer,
que não tenho razão alguma,
as vezes louco,insano tanto,
que beira normal.

A vida que me empurra pra frente,
não me encara nos olhos,
tem medo do que vai ouvir.

Presumo que o silencio é doce,
inebria e entorpece,calei-me,
ando rouco de falar sozinho.

Vou gozar os passos que ainda me restam,
tentar colher as rosas sem cheiro,
se não der pra andar com espinhos nos pés...

Entorpecido de silencio voarei,
até meu destino ! 


Reginaldo

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