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"JANELA ABERTA"


Desliza pelo meu rosto,
o toque suave do vento,
uma brisa mansa sopra em meus olhos,
é o tempo se abrindo.


Contemplo a beleza dos raios de sol,
enxuga o orvalho,
resquício da madrugada,
choro incontido da noite.

Abri-se outro dia,
outra chance,
outra ponte pra vida,
ser feliz ao sabor de outra estação.

Ainda não partiu o trem,
o ar ainda não faltou,
viça os passos ainda firmes
Agora bate um coração que só apanha.

Ao toque do vento.
que traz aos olhos o tempo aberto,
reinvento carícias,redescubro o prazer,
em abrir a janela...Viver.

Vou assim sentindo,
andando nas marcas de suas pegadas,
o rasto inefável fixado na poeira alada,
que chega aos meus olhos,
e me roubam as lagrimas,
misturando ao carinho do tempo...

Deslizando,escorrendo,marcando,
este que vai...

Morrendo,vivendo e amando. 



Reginaldo

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