O poeta se pôs de pé,
sobre o banco da praça,
onde olhos sem graça,
espiavam de longe.
Assim se fez ouvir,
lamentos rimados,
versos tramados de sofrer,
uma dor de sentir,de ter...Compaixão!
Ajuntou pessoas ao entorno,
autoridades e policiais,
murmuravam entre si,
quem é este rapaz?
ele então percebendo o incomodo
pediu que se aproximassem,
ele então declamou solene,
sou filho das palavras,irmão das letras... Sou órfão.
Meu lar é o céu,
os pássaros são meus olhos,
a caneta é minha voz,
meus passos são ventos!
O amor é meu companheiro,
a poesia é meu refugio,
declamo pros ouvidos sensíveis,
e pra corações amargurados.
Nunca estou só,
tem sempre outros comigo,
Puxou do bolso Mario Quintana,
e bradou:
"Um dia... pronto... me acabo.
Pois seja o que tem de ser.
Morrer: que me importa?
O diabo é deixar de viver."
Colheu um naco de palmas,
pegou sua dor de cabeça
e sumiu depois da esquina!
Reginaldo
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