....uma silhueta desloca suave além dos olhos,
da menina dos dias claros,azuis,navega
num deserto de areia esvoaçante,
uma sombra sob o sol ardente.
Nas mãos a esperança quase morta,
bebi a ultima gota da seiva,
ainda se resguarda para o encontro,
deseja ainda olha-la nos olhos.
Foge de si,busca no caminho,
os rastros deixados marcados no tempo,
sem saber dos planos tortos,
varre as sobras o vento.
Chora seus lamentos o solitário andarilho,
o amor embarcou a muito,
deixou um peito saudoso e vazio,
um trem quase fora dos trilhos.
Leva nas mãos uma rosa desfalecida,
por ainda sentir o cheiro vivo daquele amor,
anseia adornar seu cabelo
com o viço morto daquela flor.
Por isso o caminhar insano,
a louca busca,a procura as cegas,
por isso embrenhou desertos,
rotas incertas,desistiu de si.
Se fez sombra,vulto,silhueta,
anulou-se,alienou-se,deixou-se levar...
colheu na efêmera beleza da flor,
a eternidade do amar.
Agora vaga longe da fonte,
ele a flor,
muito além do horizonte,
cego de amor!!
Reginaldo
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