Teci mais um lance da teia,
desci na miragem da via,
andei no arame farpado,
ainda molhado de orvalho,
(choro que a noite,de açoite)
desprendia.
Era Lua vazia,
vagava a ermo,
sem rumo,
sem plano,
sem rota...A ermo!
Uma lacuna de tempo,
impossível mais próximo,
o normal dissipante,
Eu louco,vivente,errante!
Me vesti de nada,
vasculhei meus vazios
em silencio mudo,
costurei outro elo da ponte.
Num salto pra frente,
vislumbrei no horizonte,
já não era vazia a Lua,
se via um sorriso de canto de orelha,
mesmo que ainda minguante.
Equilibrei no arame,
embora ela me ventou
com sua beleza,
só caí... de amores por ela!
Reginaldo
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