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"PORTA ABERTA"



O Poeta,
delirante e careta,
baixou as duras penas
a caneta.

Não queria...
O Poeta abriu a porta,
com o resto de sanidade que tinha,
olhou a rua,acendeu a lua e partiu.

Sozinho...
O Poeta anda tranquilo
entre sua aparente insignificância
e a noite que o esconde na penumbra.

Invisível...
Ele ,o Poeta, é um misto
de homem e pássaro,
que anda na sombra de voos cegos.

Inquieto...
Tem seus avessos revelados,
desnudo teu poema,são
mortalhas de loucuras.

Insone...
Segue os rastros da lua,
que toda nua o encanta,
enfeitiça teus silêncios.

Declama...
Declara guerra ao mundo,
sabendo-se oriundo do fundo,
de suas melancolias.

Encontra-se...
Ele ,O Poeta é a própria porta aberta,
pra dentro das inquietudes,
ele é,O Poeta,a seta em torta linha reta...

Encerra...
Tua jornada, acaba com o lume da madrugada,
ele ,O Poeta,retorna ao naco de consciência,
veste-se de normalidade,desliga a Lua e entra...

Pela Porta entre aberta
do amanhecer,ainda por vir à ser,
Outro dia,outro dia,outro dia!!!

Reginaldo

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