Um trem chamado Tempo,
vai passando estações,
inverno,primavera nos
outonos de verões.
vai levando meu fardo diário,
embarcado corpo vazio,
deixando a alma de fora dos trilhos...
Assim descarrilados,
sou pássaro de passado,
que o presente embalsamou.
sou um resto de viagem que o trem abandonou,
o tempo esgotado que o poeta rabiscou,
sou avesso do verso,reverso,contrário,
sou só contravenção.
Ampulheta descerrando areia,
constante e intermitente,
sou aquele sopro vida
forte ventania por sorte...
Meu trem ainda não chegou ao seu norte...
Mas segue firme,
apitando,
fumegando,
aliciando o medo
inútil da Morte!
Reginaldo
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