O silencio me é negado
no auge do sono,
em sonhos atribulados
ao cricrilar dos grilos.
O silencio é denso,
viscoso e tenso,
sussurra ventos uivantes,
em noites em que me lanço.
Insólito caminhar nas sombras,
onde só,tendo encontrar,
na escuridão deste delírio,
meus restos e sobras.
Alinho minha alma
ao silencio infernal,
atravesso estas veredas
anseio marginal.
Nada vejo,que não ouço,
beira,abismo e calabouço,
um impulso me acomete,
cai um corpo de repente.
Trombo o chão do despertar,
agora sim o silencio se faz,
o ar invade o peito,
meio sem jeito,enfim paz.
Saio ileso desta viagem,
uma vertigem,outra miragem,
la fora depois da chuva ,aragem,
o sol pede passagem.
Acordo aos poucos,
no leito de repousar,
a luz que não via nas sombras
vigia meu despertar.
Dois pares luzidos,
incandescidos de viço,
verde vida,pra ver a vida
encanto,feitiço.
Um beijo na fronte,
encerra as atribulações,
cessa o pesadelo
e outras perturbações.
Passou a noite de açoite,
foi o barulho embora,
do meu lado desperta comigo
a mulher amada e nova aurora.
Reginaldo 20/04/2014
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