Foi dormir bem cedo,
percebeu sobre teus olhos,
um vento doce,
este lhe soprou conjecturas,
indecências,profanou teus sonhos
em mais um sono atormentado.
Um beijo suave como uma prece,
teceu o desejo, ensejo de entrega,
como fugir não cabia,não sabia,
relaxou e despejou afagos.
Era meio vento,
brisa mansa encandecida,
um acúmulo de carências,
segredos ocultos,
lava endurecida.
Mas ainda decifrava enigmas,
explorou aquele corpo faminto,
aventurou em tuas vias,
adentrou viagens e rotas,
tateando minuciosamente
cada canto.
Descobriu ,desnudou,
o olhar entregou o oásis,
um poço de delícias,
de prazer e encantamento,
indefesa subitamente
se entregou a volúpia.
Na penumbra sombria do quarto,
o mistério a meia luz,
Explodiu no ápice da cumplicidade,
o Amor aconteceu,
num raro momento de eternidade.
Depois desta aventura,
dos ventos e das erupções
deste sonho capcioso,
mudo e sem alarde,
não lhe restou mais nada,
foi dormir mais tarde.
Reginaldo
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