Um sopro passa
espremido entre os dentes,
um assobio desafinado
de uma alma em desalinho,
externando minha essência
em busca da luz.
Colho água pura,
molho o rosto,
mato a sede,
revitalizo meu caminhar.
Rego as flores da estrada,
retiro do verde o viço,
amparo,deparo e depuro,
passo pelo crivo ileso,
recolho vida.
Tenho pressa nenhuma,
a calma dita o ritmo,
cadencia os passos,
penso e passo.
Sou liquefeito,
sob efeito do belo despertar,
das lagrimas da noite,
que foi de acoite,
deixando o dia brilhar.
Me fiz água,
córrego,corredeira,
cascata e cachoeira,
me deixo correr entre margens,
beijando de passagem,
abraçando o delta que me espera,
no Mar sem fim...
Enfim Amar.
Reginaldo 05/04/2014
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