A boca não
fala
O que
escreve as mãos
Os olhos não
sabem ler
Os sons são
difusos
E tem cheiro
indefinido
A tarde
banhada de lavanda
Arruma-se
pra noite
Que flagra o
sol
Nu em pelo
em
Seu ultimo
mergulho
Nuvens
diáfanas desenham trilhas
Na rota dos
olhos
Partidos de
encantamento
Debruçado na
janela
Esperando o
desfile dela...
Que vem
apontando na rua
Arrancando
assobios dos ébrios
Solitários,
hirtos com sua passagem.
Coração
galopa na garganta
Há uma
secura desértica
Sob o céu da
boca
Ela chega
mais perto
Desequilibra
os sentidos
Acelera as
batidas
E o coração
apanha
Calado
Já se vai
noite a dentro
No relento
das curvas
Do seu
rebolado
Fecho a
janela
Durmo de
olhos abertos
Só pra ver
se a vejo
Nos sonhos
que não sonhei.
Jose Regi
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