Em construção
Do barro sujo
Ao monumento
Entra na embarcação.
Formigas roem
Migalhas caídas sem tempo
Dos transeuntes
Que sem destino vão.
Aos pés da serra apita
O trem que parte aos recônditos
De uma procura
Longe da praça dos olhos.
Leva consigo o choro
Que não escapou
E o lenço inútil
Para limpar os óculos.
Artista oleiro
Procura as margens da vida
A matéria prima
Que ainda não moldou
Neste desterro insólito
Nos desertos afins
Constrói castelos de areia
Que o vento faz ruir
Mas cultiva esperança
Guardada de criança
Que ha um rio
Em algum lugar.
JOSE REGI
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