Pichador moleque
Menino arteiro artista
Sai das mãos do letrista
Como rabisco de verso
Pincel ante a navalha
Diverso é a arte de ser
Ante as mãos de nascer
Pinturas lancinantes
Quixote quebrou os moinhos
Alucinado que era,
Cervantes sabia da lucidez
Que para quê nada servia
Dalí delirante derreteu relógios
A fim de atingir o tempo
Que não parou para ele
Embora surreal fosse
Mas o Poema, este é Salvador,
Dalí, daqui, de lá sei onde
O Poeta quando escreve
Não se esconde
Mesmo sabendo do fosso,
Da corda no pescoço
Se desnuda por inteiro
Sendo seu próprio esboço.
Jose Regi
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