Hoje não tem voo,
hoje não tem vento,
me pego com medo,
na ponta do escarpado,
no alto do precipício.
Medo da dor, que ando a fugir,
do vento a me empurrar,
do tempo que me escorre das mãos
dos dias que me são curtos,
da vida que se vive em vão.
Tenho medo da queda,
da noite que cega,
daquela flor agarrada na pedra
também com medo de cair,
tudo remete a cisma,
receio,desconforto,desconfiança.
Tenho medo da criança,
escondida aqui dentro,
deste corpo vazio,
sem porte de alma,
tenho medo da calma,
deste sorrateiro destino
que leva meu "Eu"na palma das mãos.
Reginaldo
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