Pular para o conteúdo principal

"A TRAVESSIA"

Desejo de fuga,
pro vão livre do céu,
um corpo inerte,
de súbito sob o chão.

Foi acordado com o tempo,
que lhe roubou o sentido dos passos,
deu asas ao seu pensamento,
agora nega-lhe o voo.

Furtivo e arredio,
o desfez de sua vivência,
Voa inefável  inconsciente,
singular aptidão pelo alto.

Alma carregada de vazio,
desfez do corpo carcere,
rompeu as amarras do real,
e libertou a passarada.

Revoa como aves de rapina,
nuvens negras violadas
tange o azul do céu, 
com um cinza sombrio ainda desconhecido.

Descortina nova jornada...


Reginaldo








Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

  A Fé é uma planta frágil Que se rega com gotículas De esperança. É acreditar no impossível, No imponderável, É andar na contramão da lógica, Da realidade É crer no invisível, na uniciência No divinal.   Ter fé é cultivar a ingenuidade De uma criança, A fragilidade de uma mariposa Entorno da luz. É entender possível Quando tudo Se mostra ao contrário.   Ter fé É pegar no rosário e pedir Como quem esfrega Uma lãmpada mágica. É não aceitar. É a negação de si Nas entrelinhas da sua Propria incapacidade.   É acreditar numa utopia Na poesia do inédito No remédio amargo No apelo ao vento Ter fé é orar em silêncio Durante um temporal...   Ansear desvios, Piquetes e atalhos Na estrada da vida. É a dureza do chão A excassez do pão É o calo das mãos   Ter fé é não ter explicação É se nortear pelo intímo Se entregar a uma filosofia É sacrifício de vida Alienação, Aliança E A...

"Travessia"

Sobre limo e musgo, das pedras do caminho se prende as fendas... Escondido do sol, na umidade do orvalho, sobre as folhas mortas... Agora é todo sub-mundo, baixo,rasteiro, és sobra de sombras! És resquício de escuridão, que não amanheceu, aquele sono mal dormido! Aquele grito tolido de apelo,impedido de soar, sob o silêncio dos olhos... O choro seco de fome, o romper da calmaria, o barulho,o trovão e céu cinzento... És aquele pássaro sem canto, sem voo,sem asas, sem encanto! Sendo assim, és tu e mais nada aquele brilho opaco. Aquela lagrima de chuva que escorre pelo frio da pedra, pelo veio,pelo friso. Pelo crivo da luz e das trevas, onde o corpo deixa escapar o pouco da alma... De novo rescende o cheiro de madeira velha molhada. A Hipocrisia banha do esquife repouso final, depois da ultima chuvada! Uma pedra sob o terra é todo feudo que lhe resta de memoria, a parte que lhe cabe neste latifúndio! Jose Regi Poesia
"O Semeador" Eis que abriu,ABRIL, com ele esperança nos dias que virão em novos desafios. ABRIL-se outra etapa no tempo tomara não como o vento que sopra e leva pra longe sonhos e argumentos. ABRIL ,portas e janelas deixando o sol entrar clareando as idéias permitindo sonhar meus versos são simples não tem palavras bonitas a beleza esta contida talvez com pouco de frio. mais vai aquecer pois o dia esta claro o sol brilha no alto e o tempo ABRIL. ABRIL e não vai fechar sem renovar a esperança sem que vençamos o rancor de semeaduras sem exito no canteiro do tempo vamos começar de novo semear com ardor para colher somente no jardim da vida AMOR. afinal o tempo de semear...ABRIL. Reginaldo