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Mostrando postagens de 2021

Devaneios

  Devaneios  Ela veio cheia de cheiros seios e lascívia trazia no olhar o desejo e nos lábios um beijo salivando outro beijo exalava cio que no estío do quarto era farto afago em ofegante delírio era busca e perdição entre lençóis... era tentação além do resistir era um achar  e perder e sem perceber… Éramos nós! José Regi

Paredes Brancas

      No leito solitário de um quarto Na copa daquela selva A vida de novo era um parto A espera de broto na relva   Observava paredes brancas Tentando em vão, sentidos Desenhava imaginando Sonhos nunca amanhecidos   Fechei gaiolas com talos de cipó Para não impelir o desejo de fuga Engolia a seco os choros e nós Dos dias escuros de chuva   Aprendi a ponderar sobre o tempo A contar sem pressa as horas Segredei em mim os lamentos Para não deixar que fossem embora   Dias de luta, tempos frágeis Debilidades temporais Vasos de vidros, quebráveis Vida, folha e vendavais.   Esperei como quem espera Sob a égide da paciência Sem que esvaísse a quimera De revelar-me essência.   José Regi

Carpideiras

    Habit a onde grita o silêncio, Ali se ou ve todas as canções De a bismada inquietude P uls ando num ritmo quase sacro Na pauta das lamentações   Há um choro no fim do vale Um aboio de vaqueiro Com sarcasmo sem sentido Um canto repetido Um pedido de chuva Para além da curva   Um zumbido de abelha Polinizando a agonia De flores mortas ... Persiste o choro e o cheiro Entre os canteiros De descansar em paz   E o que a gente faz É respirar fundo Semear entre areias De uma ampulheta Para um mundo Que soluça... Asfixiado.   José Regi

Escricultor

O poeta  de verões férteis Observa as mãos semear no outono Por entre o inverno frio do papel Esperando poesia para primavera. José Regi

ENSAIO DA MORTE

  A INSISTÊNCIA CRÔNICA O PROTAGONISMO ANÔNIMO O TEATRO ANTAGÔNICO  NESSE CENÁRIO DE PÂNICO SEM PROJETOS  OU PROJEÇÕES SEM PRETENCÕES POR VIR INDEFINO REAL DE ILUSÕES NESSA TEIMOSIA  A ILUDIR-ME LUZ ARTIFICIAL SOBRE A CABEÇA NÉVOA ARTIFICIAL NO ENTORNO FAZ QUE EU DESAPAREÇA COMO UMA FOLHA SECA NO OUTONO O POMAR ESTÁ EM SILÊNCIO   A ALVORADA É UM CLAUSTO A PLATÉIA SURDA,ALIENADA NÃO SABE DO APLAUSO A PEÇA ENSAIDA Á EXAUTÃO O CHORO REAL DECORADO ISOLA O CORPO DA ALMA NESSE TEMPO DE SOLIDÃO JOSE REGI