O vento soprou a canção,
era hora da dança da chuva,
nem de longe se via uma nuvem,
teria que ser por invocação.
A pajelança acendia o cachimbo,
chamava os deuses pra festa,
pra não haver desatino,
mascarava-se o destino.
A suavidade do vento,
som de colibri soava no ouvido,
dava pra ver a beleza das cores,
voar o pedido no tempo.
Barulho,benzeção e batuque
vinha pra roda o chefe,
trazia consigo a tribo,
com mascaras kabuki.
Poeira subia na batida do pé,
os deuses compadecidos,
agraciados retribuíam,
a chuva vinha com fé.
Hoje já não se dança pra chuva,
já não se invoca os deuses,
já não se ouvi o batuque.
Pra lembrar deste apagado do tempo,
o caboclo virou kabuki.
Reginaldo
Isso foi explosivo! Eu achei fantástico, uma possessão poética encantadora...
ResponderExcluirBeijos,