A poema sem sentido
Não causa arrepio na pele.
Para sê-lo,
Há que haver um canal
Revolver a lama
A inquietação
Que cause por si só
O desejo de gritar.
De fazer mimica
Sozinho
De olhar para o nada
E imaginar
Em silêncio
Uma sensação
De alívio.
Uma quase morte
Num parto
A fórceps
Arrancando a dor
E dela um arremedo
De vida.
Nesse sentido
Porém, palavras
Tem se afastado
Como pássaros ariscos.
As mãos rabiscam
Versetos desconexos,
Sem poesia
Quase sem sentido
Que a teimosia
Insiste em poetizar...
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