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Voyeur

 



 

Decanta de canto de olho,

No intento recolhe

Encanto aos poucos.

Como louco delira

No que prefere silêncio

Entre gemidos e suspiros

O suor tempera

E anseia pelo gozo

Que o espera.

 

Por trás da cortina

A silhueta perfeita

Seduz e deleita

Entre lenções macios.

O desafio é resistir

A lascívia profana

Entregue na cama

Enquanto expele lava

Vulcão desperto

 

No ponto certo

Toques de dedos

Aguçam os sentidos

Já sem sentido

Se rende

Se desarma

Se desprende

Vencido pela volúpia

 

Ofegante

Se ajeita

Passa o lenço no rosto,

Ainda meio roto

Arruma o nó da gravata

Paga o dizimo

Recolhe seu egoísmo

Fecha a cortina

Sai sem alarde

E some

Além da esquina.

 

José Regi

 

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