Tenho medo daquilo que conheço, dos buracos por onde andei, dos passos e rastros deixados nos medos que descartei. Que o mundo me livre dos que me encaram olho no olho, sei das insanidades que esse humano é capaz, tão voraz como uma formiga cortadeira, que encontra o mel mais doce no pé espinhento de uma roseira. Vai devastar-me a vivacidade e sugar sem dó minhas defesas. Por isso o medo evidente dessa gente que bate frente a frente nos dias que se faz realidade. Atrai-me o desconhecido, energias e emoções, deuses sacros e pagãos, credos e outras seitas onde deleitas a imaginação. Atiça-me a verdade dos desejos ocultos na proporção exata do encanto, onde o espanto equivale a vontade de entender o incompreensível, a magia das artes abstratas que retrata com fidelidade a alquimia dos mistérios, tão gloriosos, quanto gozosos. Tenho dedicado atenção as rezas e as manifestações em línguas por curiosidade minha. Isso é parte dos encantos que guardo em segredo sob s...
Porque a vida é fugaz,fiz-me palavras doces em cachoeiras,esparramando e umidecendo olhares,despertando sonhares,fazendo voar num súbito bater de asas e pouso de passarinhos.