Quando o
relógio para,
A vida não ousa
passos sem tempo.
O vento
sopra a vela que alumia
A escuridão
das veredas
Adentro o túnel
sombrio
Ainda sinto
o cheiro das manhãs
Que não
chegarão
Aos meus
olhos
Vestiram-me
pra festa
Banharam meu
corpo
Enfeitaram com
flores de época
E embalaram
pra entrega
Uma festa
triste
Olhos orvalhados
Ambiente pesado
Parece que
morreu alguém...
Fala-se em
silêncio
Não tem
musica
Todos vestem
negro
E óculos escuros
Meu relógio
marca exato
03h53min,
hora do embarque
Entrei sentei
e dormi
Agora... Não
encontro o saída.
José Regi
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