domingo, 26 de agosto de 2018

Bilhete de Ida





Quando o relógio para,
A vida não ousa passos sem tempo.
O vento sopra a vela que alumia
A escuridão das veredas

Adentro o túnel sombrio
Ainda sinto o cheiro das manhãs
Que não chegarão
Aos meus olhos

Vestiram-me pra festa
Banharam meu corpo
Enfeitaram com flores de época
E embalaram pra entrega

Uma festa triste
Olhos orvalhados
Ambiente pesado
Parece que morreu alguém...

Fala-se em silêncio
Não tem musica
Todos vestem negro
E óculos escuros

Meu relógio marca exato
03h53min, hora do embarque
Entrei sentei e dormi
Agora... Não encontro o saída.

José Regi

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