Ao findar a claridade dos sons,
um molhado silêncio se impõe,
rompido pelo tosco repente
de um ancião que tosse teus acúmulos.
Cai enfim de novo sob ele a madrugada,
marca a vidraça o respiro do tempo,
escorre pelo vidro embaçado
um lusco fusco amarelo e medroso.
Pois que empurra pro dia que amanhece,
uma enfurecida madrugada que não quer ir embora,
mas, que ouve o despertar de vozes,
insone e tontas de cama desfeita.
Um bom dia abafado,
pelo sono grudado nos olhos,
se faz presente á mesa
onde o sol já tomara café.
Serve-se de vida com adoçante,
um pedaço de bolão de fubá,
uma xícara de coragem bem quente,
queima-lhe a língua o sabor da realidade.
Está pronto pra encarar teus demônios,
avançastes uma quadra no campo do pesadelo,
viver não é mais que um sonho
de estar acordado!
Jose Regí
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