Sobre limo e musgo,
das pedras do caminho
se prende as fendas...
Escondido do sol,
na umidade do orvalho,
sobre as folhas mortas...
Agora é todo sub-mundo,
baixo,rasteiro,
és sobra de sombras!
És resquício de escuridão,
que não amanheceu,
aquele sono mal dormido!
Aquele grito tolido
de apelo,impedido de soar,
sob o silêncio dos olhos...
O choro seco de fome,
o romper da calmaria,
o barulho,o trovão e céu cinzento...
És aquele pássaro sem canto,
sem voo,sem asas,
sem encanto!
Sendo assim,
és tu e mais nada
aquele brilho opaco.
Aquela lagrima de chuva
que escorre pelo frio da pedra,
pelo veio,pelo friso.
Pelo crivo da luz e das trevas,
onde o corpo deixa escapar
o pouco da alma...
De novo rescende
o cheiro de madeira
velha molhada.
A Hipocrisia banha
do esquife repouso final,
depois da ultima chuvada!
Uma pedra sob o terra
é todo feudo que lhe resta de memoria,
a parte que lhe cabe neste latifúndio!
Jose Regi Poesia
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