Vou em frente,tenho aliados.
minha adaga é a caneta
o papel meu confidente.
Ele aceita de bom grado,
o escorregar da emoção,
deixa tudo registrado
o que vem do coração.
Depois abre pra todos
segredos de nós dois
os de antes ,os depois.
Pois o que oculta
e o que aparece
pouco importa
quando as palavras
batem á porta.
Confesso pra ti meus desacertos,
confidencio meus íntimos desejos ,
ai quando me esvazio ,te vejo cheio
daquilo que me esparramou.
Relicário de mim mesmo,
quase um sacro rosário!
Entre devoto e devoção.
Uma adaga que não fere,
um papel branco como talco,
esperando ser o palco
de mais uma apresentação.
Traço linhas sem lamento
espero contentamento
nesta minha dissertação.
Encontro de certa forma,
alivio pra meus tormentos,
banho pra alma,sossego...
Livramento
Reginaldo
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