A Fé é uma planta
frágil
Que se rega com
gotículas
De esperança.
É acreditar no
impossível,
No imponderável,
É andar na contramão
da lógica,
Da realidade
É crer no invisível,
na uniciência
No divinal.
Ter fé é cultivar a
ingenuidade
De uma criança,
A fragilidade de uma
mariposa
Entorno da luz.
É entender possível
Quando tudo
Se mostra ao
contrário.
Ter fé
É pegar no rosário e
pedir
Como quem esfrega
Uma lãmpada mágica.
É não aceitar.
É a negação de si
Nas entrelinhas da
sua
Propria incapacidade.
É acreditar numa
utopia
Na poesia do inédito
No remédio amargo
No apelo ao vento
Ter fé é orar em
silêncio
Durante um temporal...
Ansear desvios,
Piquetes e atalhos
Na estrada da vida.
É a dureza do chão
A excassez do pão
É o calo das mãos
Ter fé é não ter
explicação
É se nortear pelo
intímo
Se entregar a uma
filosofia
É sacrifício de vida
Alienação, Aliança
E Abnegação
Ter fé é escrever
torto
Em linhas retas
E não contestar.
Andar na contramão
da seta
É ver razão e
sentido
No projeto gêneses
É ter Deus...
E isso lhe bastar.
José Regi 28/11/24
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