Decanta de canto de olho, No intento recolhe Encanto aos poucos. Como louco delira No que prefere silêncio Entre gemidos e suspiros O suor tempera E anseia pelo gozo Que o espera. Por trás da cortina A silhueta perfeita Seduz e deleita Entre lenções macios. O desafio é resistir A lascívia profana Entregue na cama Enquanto expele lava Vulcão desperto No ponto certo Toques de dedos Aguçam os sentidos Já sem sentido Se rende Se desarma Se desprende Vencido pela volúpia Ofegante Se ajeita Passa o lenço no rosto, Ainda meio roto Arruma o nó da gravata Paga o dizimo Recolhe seu egoísmo Fecha a cortina Sai sem alarde E some Além da esquina. José Regi
Porque a vida é fugaz,fiz-me palavras doces em cachoeiras,esparramando e umidecendo olhares,despertando sonhares,fazendo voar num súbito bater de asas e pouso de passarinhos.