Recolhe asas
Se fecha em gaiolas
Um livro do Leminski
Um café quente
E na mente um desejo...
Hibernação.
Hibernado decanta
Um cheiro vindouro
Esperança de cores
Degusta outros sabores
Entre o verso e o reverso
Da página seguinte...
Sabendo tem teto
Para um voo seguro.
Em dias frios
Se encolhe fetal
E na solidão do silêncio
Um colo é anseio.
Nem uma palavra
Apenas o olhar
Discursando afeto
Uma vontade de abraço
Da juntação
Da companhia
Na poesia do tempo,
Que deixa saudade
Pendurada na parede,
Em preto e branco
Pretéritos
Presentes na ausência
Real sentida
Falta luz para as sombras
De agora,
Sol para esse dia frio...
Enquanto sobra
Silêncio e espera.
José Regi
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