Quem dera
fosse...
Um clarão na
noite escura,
Para romper
as conjecturas inúteis
Da imposição
inquieta e absurda,
Destes opostos
a semear lonjuras.
Quem dera
fosse...
Aquele
alforje de pedras, o bodoque moleque
Para quebrar
as vidraças que lhe impede o sol
Adentrar a
alma farta de sombras,
Onde arde a
angústia atrás de um leque.
Quem dera
ser...
O verso de
luz a abrir-lhe a cortina
Invadindo as
esquinas sem lua
Das suas
ruas desertas
E encontrar ali
aquela menina.
Quem dera
seria...
A carta de
alforria nestas vias abastadas de utopia
A fantasia
de luz que falta as suas calçadas
Onde torces
o pé tentando caminhar,
Sem a luminescência
abissal da poesia.
Pondero...
Ser aquele
grito abortado
Incauto, calado
pelo silêncio da boca,
Onde as mãos desenham saídas
Quase sempre
perdidas
Além da
folha de papel pautado,
Onde escrevo
minhas rotas de fuga.
José Regi
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