Há nas
densas matas de mim
Criaturas
que me assombram
Águas mortas
sussurrando
Nas horas
que me assolam
Nos meus rios
correm pedras, paus e pó
Nas arvores
dos meus cílios
Penduram-se samambaias
e parasitas
Enroladas
nos cipós
Pontes que
emergem do chão
Fazem elo nas
entrelinhas
Buscam
alguma forma de versar
Um sinal,
uma conexão.
Enquanto o
corpo deserto
Vai se
esvaindo ao vento
A alma
planta floresta
Ante ao
desolamento
Nos meus
rios correm pedras,
Ao Céu
aberto me recolho
Toda água do
meu rio
Trago no recanto
do olho.
Jose Regi
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