Há nas densas matas de mim Criaturas que me assombram Águas mortas sussurrando Nas horas que me assolam Nos meus rios correm pedras, paus e pó Nas arvores dos meus cílios Penduram-se samambaias e parasitas Enroladas nos cipós Pontes que emergem do chão Fazem elo nas entrelinhas Buscam alguma forma de versar Um sinal, uma conexão. Enquanto o corpo deserto Vai se esvaindo ao vento A alma planta floresta Ante ao desolamento Nos meus rios correm pedras, Ao Céu aberto me recolho Toda água do meu rio Trago no recanto do olho. Jose Regi
Porque a vida é fugaz,fiz-me palavras doces em cachoeiras,esparramando e umidecendo olhares,despertando sonhares,fazendo voar num súbito bater de asas e pouso de passarinhos.