O palhaço
chora sorrindo,
No mar dos
teus olhos, temporais
Há um
diluvio incontido sobre o deserto
De onde
arranca risos abissais
Haverá
sempre o consolo das palmas
Aliciando sua
graça desajeitada,
Palpando suave
o rincão de sua alma
Que se vê
erma e desabitada
Do picadeiro
sob as luzes foge
Rápido para
seu muquifo
Libertando-se
da pintura
Comum à
plateia se mistura
Sem riso no
rosto,
Palhaço é
concerto sem partitura.
Jose Regi
Nenhum comentário:
Postar um comentário