Desperta com a luz do ultimo por do sol, alumeia o caminho, onde permeia sonhos, onde desabrocha em viço e força, o dia de amanhã. Recebo do tempo, a chance de viver e sentir, os ventos vindouros, de uma aurora recém, eu refém das horas que passam, e porque passam,chegam... E vão. No vão das coisas efêmeras, no vazio oco dos meus ecos, nos gritos silenciosos, no pouso atribulado. Vem e vai qual maré e lua cheia, qual areia na ampulheta, qual agulha na vitrola, que faz soar o som. Vem como o sol do amanhecer, com o crepúsculo do fim do dia, como a noite tardia , mas aprazível e acalentadora, noite dos amantes e boêmios, dos bêbados e abstêmios, de meses,anos e milênios. Toco a luz deste farol, arrebol dourado, o corpo se entrega , no cais do porto, fim do percurso, ancoradouro seguro, amarro firme as cordas do meu barco, ...
Porque a vida é fugaz,fiz-me palavras doces em cachoeiras,esparramando e umidecendo olhares,despertando sonhares,fazendo voar num súbito bater de asas e pouso de passarinhos.