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Mostrando postagens de julho, 2022

Poema que escrevi para desabafar

        O tempo, na surdina, De maneira enxuta, Molha os olhos da ida Enquanto a volta encurta Simulando distrair a vista Da compulsiva Erosão interior   Guardo nos confins, Muito além das calmarias, Um rio de lava fervente Em constante erupção. Tentativas vãs de oásis, São quase desertos vazios No grande êxodo A que me entrego   A chuva que preciso, Guardei no canto dos olhos, As sementes aladas, Sedentas Aguardam em silêncio O voo no outono Junto aos pássaros Hibernados nos ninhos.   O caminho agora é isolação. Há no ar parado Uma canção silente Entoando os sonhos… De manhãs verdes, De esperanças palpáveis, De flores pelos campos Onde os pássaros voam Ao sabor do vento leve Da tarde de sol, Enquanto acalmo O vulcão do meu peito   Porque guardo em meus confins, Muito além das calmarias, Um rio de lava fervente, Que escorre ligeiro No pulsar do ponteiro Do tempo omisso de mim… Que passa Como o verso do poema, Escrito pela pena Desses olhos ...