Eram ruas de pedras Tardes sem sol Chuva ao longe Enquanto ardia Em ti o desejo de sair A noite vinha de banho tomado Beijar-lhe na janela Onde folheava sutil As doçuras de Drummond O mundo reduziu-se A um olhar perdido No escuro Que a lua colheu Olhando lá de cima Aquela menina, a lua, Da janela de vidro Fugia sua alma pro meio da rua... Eram ruas de pedras.
Porque a vida é fugaz,fiz-me palavras doces em cachoeiras,esparramando e umidecendo olhares,despertando sonhares,fazendo voar num súbito bater de asas e pouso de passarinhos.